Nossa filosofia
Em Cow Creek, tudo vem das vacas.

O fator mais significativo que situa o programa de Cow Creek à parte de muitos outros programas, é que somos auto-sustentáveis. Esta estratégia e realidade fazem com que nos enfoquemos na eficiência de produção. Repetimos, fazemos tudo com ênfase na eficiência de produção. Isto não é somente significativo, é fundamental e monumental. Manter um rebanho eficiente e produtivo é a única forma que existe para ter sucesso neste negócio. Temos que ser pecuaristas auto-sustentáveis. O resultado desta estratégia, a qual nossos clientes são os maiores beneficiados, é um rebanho eficiente, altamente produtivo, composto por animais moderados, bem aprumados (de patas fortes), férteis, musculosos e com uma boa cobertura de gordura. Nós nos tornamos “experts” em levar este plano adiante mediante adequadas medidas de manejo. Em definitivo, nossas vacas trabalham para nós, e não nós para elas.

Cada touro que passa através do sistema de Cow Creek, é produto de um sistema de manejo disciplinado com pressão de seleção em eficiência e produtividade. Podemos medi-lo, podemos manejá-lo. Por quase duas décadas temos identificado e selecionado genética prepotente, a qual nos permite produzir uma alta porcentagem de filhos/as que vão ser produtivos e efetivos tanto em nosso rebanho como nos rebanhos de nossos clientes. Nós selecionamos por equilíbrio, consideramos várias características por vez. Os animais ineficientes são eliminados periodicamente do rebanho, não suplementamos o rebanho, não aos subsídios. Esta filosofia é a parte fundamental de nossa genética. Pensar e trabalhar desta forma nos permite viver deste negócio.

Depois de décadas criando Brangus e Angus e identificando linhagens genéticas com eficiência de produção, começamos a analisá-las. Nossa meta foi criar um programa de seleção auto-sustentável com uma base homozigota que produzisse progênie com uma mínima variação genética.

Empilhar pedigrees não é uma ciência. Realmente isto se torna muito efetivo, se o integra com pressão de seleção. Como em qualquer programa de seleção exitoso, a verdade e franqueza são ingredientes fundamentais para que a genética se expresse honestamente. É dizer, não à suplementação inadequada, não aos subsídios. Que o leite da mãe e o potencial genético do bezerro se expressem em sua mais alta pureza. Nosso processo de seleção se enfoca nas necessidades do produtor comercial, não na pista, não em investigações do professor de universidade nem tampouco em números tendenciosos. Nossa pressão de seleção é em qualidade, eficiência e consistência, sempre baseada em números do mundo real.

“Se todos os pares de genes que controlam uma característica fossem homozigotos para um touro em particular, este não teria variação genética para essa característica, o qual quer dizer que o touro vai passar a cada um de seus filhos um pacote genético sem variação. Vai passar características com muita fiabilidade, o que se conhece como prepotência. Por outro lado, se um touro tem um alto número de pares de genes heterozigotos, este tem o potencial de passar diferentes pacotes genéticos para sua progênie. Se um programa genético quer ser exitoso em produzir touros com menos variação genética, as praticas de manejo deveriam estar enfocadas em aumentar a homozigose desses animais” segundo a Beef Improvment Federation.

O Brangus e o Ultrablack são raças sintéticas devido a que foram formadas a partir de dois pools genéticos pouco e nada relacionados, portanto o fator mais importante a controlar é a heterozigose causada por este “choque” genético. Então nosso ênfase na homozigose é mais intenso e tem um maior impacto na produção de nossos touros. Nós estamos empilhando pedigrees, não estamos fazendo o “Linebreeding” como ele é conhecido. Isto seria produzir animais que provêm de uma mesma linhagem genética.

Utilizando nosso sistema de cruzamentos em forma de triângulo temos controlado de forma muito forte a seleção e entrada de linhagens ao programa. Temos diminuído a variação de pools genéticos em nosso rebanho de fêmeas e por isto, incrementado a homozigose dos animais. Continuamos a melhora genética através da pressão de seleção. A pressão de seleção é a única alternativa viável para alcançar a previsibilidade em uma raça aonde se trabalham dois pools genéticos por vez. O rebanho de Cow Creek está formado baseado em um programa genético que nos permite produzir uma alta porcentagem de fêmeas que desmamam um bezerro bom e eficiente todos os anos. Se isto não acontece, têm-se baixas chances de ganho.

Em um estudo inter-racial realizado pelo Meat Animal Research Center (MARC), Clay Center, Nebraska, observou-se que, analisando característica por característica, a variação encontrada entre as mesmas dentro de cada raça, era tão ampla quanto a variação total encontrada entre as raças. Isto reforça nossa afirmação de que existe uma variação muito importante dentro de cada raça no que refere à genética. Menos surpreendente, é a conclusão de que realmente existe pouca consistência na indústria da carne. A imagem é muito clara, existe uma diferença profunda entre os diferentes programas genéticos.